março 20, 2007

The Marriage

Navegando pelo site da Arthouse Games encontrei o jogo The Marriage, uma proposta desconcertante de como os videgames podem ser obras de arte.

Rod Humble tentou expor sua visão de como funciona um casamento na forma de um videogame, seguindo uma proposta ludologista de que os videogames não devem ser considerados como um híbrido de várias formas de arte, mas sim estudados em cima de sua própria natureza. Por isso The Marriage não tem música, gráficos realistas, ou nada que interfira na experiência de jogar, apenas uma simbologia propositalmente subjetiva. A mensagem é transmitida exclusivamente pela mecânica do jogo, e varia de acordo com a experiência de cada jogador.

Não deixe de experimenar o jogo e depois leia a explicação do artista.

ATUALIZAÇÃO: Jason Rohrer entrevistou o criador do jogo e publicou em seu site. Confira clicando neste link.

2 comentários:

Alexandre Maravalhas disse...

Primeiramente, não entendi a mecânica. Tentei ler alguns pontos mais importantes das regras do jogo, que é explicado no site (o "help" do jogo só deixa a coisa mais no ar ainda!), voltei a jogar mais um pouco, voltei a ler mais um pouco. Não consegui gostar e nem me senti provocado a evoluir o casamento que se propõe. Provavelmente eu não entendi muito bem algo importante, mas achei que a interatividade do jogo é muito aleatória; parece que as vezes não temos como melhorar a performance "casamentória" dos personagens (embora possa a analogia com a vida real aqui) e a coisa simplesmente vai para o game over.

Eu me sinto mais instigado por aqueles jogos extremamente simples no visual, mas com uma inteligência artificial poderosa por baixo.

Alguém aqui curtiu The Marriage pra dar alguma dica?

Lucas Haeser disse...

Bom, o jogo é complexo mesmo, é preciso insistir um pouco. Eu cheguei até um pondo onde surge uma faixa embaixo da tela que começa a subir até chegar ao topo, então os dois quadrados explodem e viram dezenas de pequenos quadradinhos azuis e rosas. Confesso que fiquei sem entender se tinha chegado ao fim do jogo ou se o casamento havia fracassado.

Entender a mecânica faz parte do jogo, e cada acão representa uma metáfora que faz sentido para o autor. Nesse ponto vale a pena ler o que ele escreveu. Talvez ajude.

Pelo que percebi a melhor estratégia é deixar o jogo acontecer meio sozinho, e interferir o mínimo possível (aí existe outra analogia talvez prevista).

A mensagem que eu percebi do jogo (que é provavelmente a que você também percebeu) é que não importa o que você faça, o casamento sempre termina com a inevitável morte de um dos dois.

Você lembra de algum exemplo desses jogos simples e instigantes?