outubro 25, 2006

Uncanny Valley

Quanto mais realista é um personagem criado por computador, mais nos identificamos com ele, certo? Nem sempre.
O roboticista Masahiro Mori percebeu em 1978 que quanto mais realistas parecessem os seus robôs, mais familiares eles eram, mas somente até o ponto em que os robôs ficavam realistas demais, e começavam a causar o efeito oposto nas pessoas: repugnância.

Da mesma forma que acontece com robôs, um personagem gerado por computador, que é obviamente não-humano, chama atenção para as suas características humanas "estilizadas", seus movimentos, sua aparência etc. Já um personagem que aparenta ser tão humano ao ponto de enganar nossos sentidos, acaba por chamar a atenção pelas imperfeições. É aí que ele cai no vale da estranheza.

Aki do filme Final Fantasy e Shrek. Ambos lançados em 2001.

3 comentários:

Alexandre Maravalhas disse...

Engraçado ler o que realmente a gente sente: um personagem digital tão ou quase "real", que nos incomoda. Lembre da repórter/apresentadora virtual do Fantástico ou, indo mais pra trás, no cinema, por exemplo, com o filme AI Inteligência Artificial.

Khristofferson Silveira disse...

Isso me lembra um conto do Asimov, em que a indústria de robôs tem problemas em fazer os humanos aceitarem os mais humanóides, justamente por sentirem aversão e até medo.

Lucas Haeser disse...

Bem lembrado khristofferson. Asimov é um dos meus escritores favoritos.