Identidades múltiplas
Quer começar a entender o tamanho do fenômeno Second Life? Comece assistindo ao vídeo sobre Keiko Takamura, personagem interpertada por Amy Te, uma adolescente com problemas de adaptação que aparentemente está se tornando uma popstar dentro do jogo (por favor, ignorem o apresentador bobalhão da Mtv Overdrive e a narração afetada típica dos repórteres televisivos quando falam sobre novas mídias).
Second Life tem se mostrado o espaço preferido para experimentações em uma série de áreas diversas, desde artes visuais (veja no post anterior) até educação. Grandes empresas como a Adidas e a IBM já estão presentes inventando novos negócios e descobrindo novas formas de ganhar dinheiro. Mas o interessante mesmo é como o metaverso afeta nossa percepção sobre nós mesmos e nos permite discutir a questão da identidade.
Second Life pode funcionar mesmo como uma segunda vida? (Onde uma garota comum pode se tornar uma celebridade?) Será que nossa personalidade é mesmo uma coisa unitária, ou nós temos múltiplas personalidades que só podem ser exteriorizadas nos universos virtuais? Ou ainda: Second Life é um "espaço transicional", como diz Sherry Turkle, e as personalidades fictícias que criamos servem apenas como ferramenta para auto-conhecimento?
“À imagem do antropólogo que regressa à casa depois de estudar uma cultura estrangeira, o viajante na virtualidade pode regressar a um mundo real mais bem equipado para entender os seus artifícios.” (TURKLE, 1997)
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